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    26/11/2013

    Frepap-LN Discute Resíduos sólidos na última Ordinária do ano em Ilhabela

     

    Os vereadores que compõem a Frente Parlamentar Paulista do Litoral Norte (Frepap-LN) se encontraram nessa quinta-feira na Câmara de Ilhabela para a última reunião Ordinária do ano. Em pauta novamente o tema “Resíduos Sólidos”, que já foi tema de discussão na última reunião da entidade na Câmara de Ubatuba em outubro passado. 

    Para participar do encontro no arquipélago – que teve o intuito de ampliar a discussão sobre o andamento dos planos municipais de gerenciamento de Resíduos Sólidos de cada município – foram convidados os secretários de Meio Ambiente das quatro cidades, no entanto, compareceram apenas os de Ilhabela, Cristobal Parraga, e de São Sebastião, Eduardo Hipólito.

    O evento contou ainda com três exposições, de Georgeta Gonçalves, educadora ambiental que atua há vários anos como consultora em programas de gerenciamento de resíduos de entidades públicas e privadas em várias cidades brasileiras; Esméria Regina da Silva, coordenadora do Centro de Triagem de Ilhabela; e Adriana Rosa, consultora.

    De acordo com o presidente da Frente, Valdir Veríssimo, vereador de Ilhabela, a Frepap está em seu quinto ano de atuação discutindo temas regionais, e não se trata de um núcleo para sanar as dificuldades, mas sim para discutir os problemas e possíveis caminhos, soluções, e a questão dos resíduos sólidos é um dos maiores existentes.

    Palestras 

    Esméria comentou sobre a parceria com a Prefeitura, explicou como funciona o Centro de Triagem em Ilhabela – cidade campeã de reciclagem na região – e falou sobre planejamento e mudanças recentes. Segundo ela, a meta é chegar a 12% de coleta de recicláveis na ilha.

    Em seguida, Georgeta começou sua palestra dizendo que o lixo não é um problema, são muitos. “As pessoas estão buscando uma solução só, mas isso não funciona. O primeiro incinerador foi comprado em 1800 e nunca deu certo, porque esse era o caminho errado”, comentou ela, que falou sobre os resíduos especiais, um a um, como os cemiteriais, poda, pilhas, alimentos, pneus, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos, óleos lubrificantes, portuários, tintas, resíduos do serviço de saúde, de construção civil. “Essa caixa preta que é a coleta de lixo nas cidades tem que ser aberta”, destacou.

    A palestrante acrescentou ainda que se trata de uma fortuna o ônus gerado ao cidadão com o lixo. “As empresas precisam participar disso”, acrescentou Georgeta, que salientou que é necessário um trabalho de educação ambiental permanente. “Não adianta esperar que uma usina resolva o problema, cada um tem que fazer a sua parte, não gerando tanto lixo. A própria Secretaria de Meio Ambiente de São Sebastião não separa seu lixo”, frisou ela, que ainda cutucou: “Acho que não vai adiantar nada o que estou falando, mas falo mesmo assim, já estou falando isso há uns 10 anos”.

    A terceira palestra foi de uma empresa que oferece soluções para lixo e resíduos sólidos, que apresentou algumas possibilidades para a destinação do lixo. Segundo a consultora, um consórcio público pode ser uma boa solução para a região. “Tem mais poder de barganha na hora de buscar recursos”, explicou.

    Em seguida, Veríssimo comentou que há um convênio entre as quatro cidades para trabalhar a questão do consórcio intermunicipal, uma das possíveis soluções. “No início do ano teremos uma reunião com os quatro prefeitos”, avisou o presidente da Frepap.

    O vereador de Ubatuba, Claudinei Xavier, fez questão de deixar registrada sua indignação. “Os quatro municípios têm o mesmo problema, um gasto muito grande com transbordo e destinação do lixo, temos que dar uma solução para isso. Ano que vem os planos de resíduos devem estar aprovados senão haverá corte de repasses. Ainda estamos engatinhando nesse assunto”.

    Secretários 

    Após as palestras, os secretários de Meio Ambiente presentes também fizeram alguns comentários. Segundo Cristobal Parraga, a ideia é chegar a 30% de coleta de recicláveis em Ilhabela. “Somos o único município da região com bota-fora. Se não tivéssemos, toda essa poda estaria na costeira, e são de 1,5 mil a 2 mil toneladas ao mês. A meta é chegar a 900 toneladas, mas estamos em processo de licitação para tirar essa poda daqui. Mais de 100 empresas levam resíduos para o nosso terreno”, ressaltou ele, que destacou ainda que Ilhabela foi o primeiro município a entregar seu plano de resíduos.

    Em seguida, Eduardo Hipólito comentou que São Sebastião é a primeira cidade do Brasil a ter coleta seletiva. “De lá pra cá a situação é trágica. A empresa cobra o dobro para coletar e a capacidade de triagem está muito longe do ideal. Nossa cooperativa precisa de um choque de gestão, e descentralizar pode ser a chave”, lamentou o secretário, que acredita que dentro de dois meses o assunto deve esfriar, com a chegada das eleições.

    Fonte: Thereza Felipelli/Jornal Imprensa Livre





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